Orientação por Bussola


1º O que é a Rosa dos Ventos
Rosa dos Ventos é um instrumento antigo utilizado para auxiliar na localização relativa, isto é, como um ponto posiciona-se em relação a outro. Ela também serve de referência para localização absoluta em mapas e cartas. Ela é composta pelo que chamamos de pontos cardeais, que são as diferentes orientações para onde apontam as diferentes direções.

2º Pontos Cardeais e Colaterais

Rosa dos Ventos
Norte (N) Marca a direção do Pólo Norte geográfico da Terra.
Existem dois ssetentrional e boreal.

O referencial astronômico mais importante é a Estrela Polar.
inônimos: 
Sul (S) Marca a direção do Pólo Sul geográfico da Terra.
Existem dois sinônimos: meridional e austral.
O referencial astronômico mais conhecido é o Cruzeiro do Sul.
Leste (L) O referencial genérico aproximado é o “nascer do Sol”.
Como a Terra gira de oeste para leste, visualiza-se o nascente a leste.
Durante o dia, tem-se a impressão de que o Sol cruza o céu de leste (onde nasce) para oeste (onde se põe), constituindo o movimento aparente do Sol, O sinônimo mais conhecido é a palavra oriente.
Oeste (O) O referencial genérico aproximado é o “pôr do Sol”.
O sinônimo mais difundido é a palavra ocidente.
Os pontos cardeais não são suficientes para nos orientarmos precisamente sobre a superfície da Terra e, por isso, é necessário utilizarmos também os pontos colaterais, que se situam entre dois pontos cardeais. Veja como encontrá-los:
• entre o oeste e o norte, há o ponto colateral noroeste (NO);
• entre o oeste e o sul, há o ponto colateral sudoeste (SO);
• entre o leste e o sul, há o ponto colateral sudeste (SE);
• entre o leste e o norte, há o ponto colateral nordeste (NE).

Rosa dos Ventos em Graus
Se você olhar bem para a rosa dos ventos notará que se os pontos forem unidos por uma linha eles formam um círculo. Baseado nisso cada ponto desses ganhou uma medida em graus. Esses graus são fundamentais para a nossa orientação, pois eles é que nos dirão com precisão onde estamos e para qual direção devemos seguir. Não tem mistério nenhum para entender essa graduação. O norte é o 0º e também o 360º, partindo do norte em sentido horário os graus vão subindo até chegar aos 360º. Para entender melhor observe o desenho ao lado.


2º A Bussola Silva ou Cartográfica



O visual pode variar de modelo para modelo ou entre fabricantes, mas a maioria ds bússolas deste tipo apresenta os recursos acima, com exceção de algumas que não possuem a escala de declinação magnética. Mas esta escala de declinação não é tão importante, mais na frente veremos como trabalhar sem ela. Como eu disse antes, cada parte tem uma função:
– Régua: serve para duas coisas: medir a distância entre dois pontos para calcular a distância entre eles baseado na escala do mapa; e traçar linhas retas entre dois pontos do mapa para fins de navegação.
– Escalas: servem para simplificar o uso da régua, usando as escalas você não precisa calcular a distância entre os pontos, pois as escalas já são graduadas em metros ou kilômetros de acordo com o padrão indicado próximo a elas.
– Seta de direção ou azimute: é usada para localizar a direção em graus de um determinado ponto, ou seja, o azimute de um ponto (veremos depois o que isso significa).
– Limbo giratório: possui a marcação dos pontos cardeais e dos graus, fundamental para o uso da bússola.
– Portão: uma marcação logo abaixo da marca do norte que fica no limbo, é usado no processo de navegação. Pode ser uma seta como na foto ou duas marcas paralelas.
– Linhas meridionais: servem para alinhar a bússola com as linhas do mapa, garantindo assim que ela esteja apontando a direção exata.
– Escala de declinação: serve para ajustar a graduação da bússola em relação à declinação magnética (diferença entre o norte magnético e o verdadeiro norte, explicarei melhor isso em outro artigo).
– Agulha imantada: é a agulha que aponta o norte (parte vermelha).


3º Azimute
Azimute é um termo de origem árabe (as-sumut) que significa “caminho ou direção”, para nós ele é uma direção indicada em graus, indo de 0 até 360 graus. Isso significa que é possível marcar a direção de um ponto de referência através dos graus. Com essa marcação, qualquer pessoa pode navegar entre um ponto e outro se souber o azimute do ponto de destino
Imagine a seguinte situação: você está caminhando por uma trilha e chega até um descampado, neste descampado existem quatro opções de trilhas para seguir, se você souber que a trilha certa está situada em 270º basta pegar a sua bússola e encontrar onde está esta direção, onde está o azimute para 270º…
Veja como usar o azimute:
Se você já tem o valor do azimute basta fazer o seguinte:
Vamos supor que você tenha um valor de 100º para o azimute, para encontrar esta direção você deverá seguir estes passos:
1. Gire o limbo da bússola até que o grau do azimute (100º, no nosso exemplo) fique alinhado com a linha de fé (seta vermelha no acrílico).
2. Segure a bússola em frente ao seu corpo de forma que ela fique completamente reta (horizontalmente) e estável.
3. Gire o seu corpo sobre os pés até que a ponta vermelha da agulha fique alinhada com o portão da bússola (ou com a marca N do limbo, é a mesma coisa).
4. A direção apontada pela linha de fé da bússola é a direção para onde você deve seguir, ou seja, é o seu azimute de 100º.
Agora suponha que você quer descobrir o azimute de um ponto de referência, uma montanha por exemplo:
1. Aponte a linha de fé para a nossa montanha (nosso ponto de referência).
2. Gire o limbo da bússola até que o portão (ou marcação N no limbo) fique alinhado com a parte vermelha da agulha magnética.
3. O grau que estiver alinhado com a linha de fé é o azimute do nosso ponto de referência.
4º Azimute Reverso

Azimute reverso é uma direção em graus que usamos para voltar até o ponto inicial de onde partimos. Imagine que você esteja em uma estrada e deseja ir até um morro próximo. Você pára o seu carro, tira o azimute para o morro e navega até onde quer chegar. Chegando lá você vai voltar para o seu carro e descobre que não tem uma referência visual dele pois a vegetação não lhe deixa vê-lo. Para voltar ao seu ponto inicial de caminhada você deverá usar o azimute reverso, um processo simples, observe:
Se o seu azimute usado na ida até o suposto morro foi menor que 180º, pegue o valor deste azimute e some com 180, o resultado será seu azimute reverso (o azimute para voltar ao ponto inicial). Exemplo:
Azimute usado na ida: 90º
Como a azimute é menor que 180º
Some 90º com 180º e encontre o azimute reverso: 270º
Se o seu azimute usado na ida até o morro foi maior que 180º, pegue o valor deste azimute e diminua 180 para obter o seu azimute reverso. Exemplo:
Azimute usado na ida: 200º
Como o azimute inicial é maior que 180º
Diminua 180 de 200 e obtenha o azimute reverso: 20º
Note que o azimute reverso de 180º pode ser 0º ou 360º, já que estes dois graus (0 e 360) correspondem ao mesmo ponto na bússola.
O azimute e o azimute reverso mostrados nestes textos formam o princípio básico para chegar até um ponto e retornar para o ponto de origem, com esses conceitos bem praticados é possível se orientar entre um ponto e outro usando referências visuais sem problemas. Em outro artigo desta série eu pretendo falar sobre como localizar a sua posição em um mapa e então navegar até um ponto qualquer, mas isso será bem mais pra frente.
5º Declinação Magnética
Ng: Norte verdadeiro da Terra
declinação magnética corresponde ao ângulo formado pelo meridiano magnético e o meridiano geográfico, em virtude do pólo magnético da Terra não coincidir exatamente com o pólo geográfico.
Como convenção ficou decidido que, comparando o desvio com os pontos cardeais o ângulo formado para à direita do norte (leste) seria positivo ou para a esquerda (oeste) negativo ; que existe em função do magnetismo terrestre, criado ou surgido pelo eletromagnetismo terrestre gerado pelo atrito do movimento de rotação terrestre; e cujos pólos nem sempre coincidem com os polos geográficos.
Pensa-se que tenham sido os Vikings ou os portugueses a descobrir este fenómeno durante as suas viagens pelas costas de África, há também quem defenda que tenha sido Cristóvão Colombo, contudo foram os chineses os primeiros a perceber a utilidade da agulha magnética durante os nevoeiros e que embora não houvesse a necessidade de apontar para o norte verdadeiro, o rumo da agulha era usado para evitar navegar em circulo e desse modo atravessar os nevoeiros. Já naquela época percebido o desvio que era então referido como nordestear ou noroestear, consoante o desvio ocorresse para leste ou para oeste.

6º Navegando
É muito melhor poder contar com uma carta topográfica e se orientar de forma correta, mas em alguns casos, quando queremos apenas chegar em um destino bem visível e sem grandes obstáculos no percurso podemos navegar sem o uso de uma carta.
Quando estamos em um terreno qualquer e desejamos caminhar até um ponto específico, como uma montanha, podemos simplesmente tirar o azimute daquele ponto e caminhar até lá mantendo a bússola apontada para aquele azimute durante o deslocamento. Para voltar ao ponto inicial basta usar o azimute reverso. Esses conceitos já foram vistos anteriormente.
mapa000
Isso funciona muito bem quando temos um objetivo simples, que não está em um terreno complicado de ser percorrido. Contudo se você se deparar com um obstáculo no meio do caminho terá que mudar um pouco a sua maneira de se orientar.

 contornando obstaculo que não pode ser utrapassado

Uma situação muito comum durante o processo de orientação é nos depararmos com algum tipo de obstáculo natural – um cânion, um grande lago, etc – que não pode ser atravessado em linha reta, seja por uma limitação de equipamentos ou por questões técnicas. Vamos ver um exemplo:
Imagine que entre você e o seu destino existe um grande lago que precisa ser contornado. Neste caso será necessário anotar o valor do azimute do seu destino e guardá-lo para usar depois.
imagem1
Na ilustração acima temos que atravessar o lago para continuar no nosso caminho até o objetivo. Ao chegarmos à margem anotamos nosso azimute para o destino e fazemos uma rotação de 90º para um lado qualquer (direita ou esquerda) – marque essas duas informações, os 90 graus e o lado usado – no nosso exemplo a direita.
Agora vem a parte importante, marque o tempo e/ou a distância percorrida – para marcar a distância conte os seus passos (mas saiba quanto mede uma passada sua). Ao atingir a “quina” no lago faça outra rotação de 90 graus, neste caso para a esquerda e continue caminhando até atingir a outra “quina” do lago. Ao chegar lá faça novamente uma rotação de 90 graus para a esquerda e caminhe o mesmo tempo ou distância que caminhamos no início do contorno, no nosso exemplo 30 min ou 1 km. Ao terminar esta caminhada você estará alinhado (ou próximo) com o mesmo ponto que estava no início do processo e consequentemente poderá usar o mesmo azimute para seguir até o seu objetivo.
Para não deixar de caminhar em linha reta durante os trechos de 1Km do nosso exemplo você pode usar a bússola para tirar o azimute de um ponto de referência e seguir na direção deste ponto até que seja necessário fazer a primeira rotação de 90 graus para a esquerda mostrada no gráfico acima. O mesmo pode ser repetido nos outros trechos.

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